terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Sistema - Episódio 1 - Parte 1 - Tudo começa em Resende



A estréia da nova série da TV Globo traz Resende para a cena Nacional. Tem quem ache difícil o programa emplacar, mas isso não é motivo para que rejeitemos de cara o trabalho que nem conhecemos direito. As cenas de Resende não são feitas na cidade e isso é uma outra história. Não podemos confundir a realidade com a ficção. Discutir a qualidade ou caráter de verossímil ou verossimilhante e conferir se as imagens e situações têm verossimilitude ou verossimilidade é o que importa. Caso tenha alguma coerência interna no tocante ao mundo imaginário das personagens e situações recriadas, já está muito bom. Não é preciso deslocar toda uma equipe para gravar imagens de uma agência bancária, de um hospital público ou de um ônibus na rodoviária. Gostaria muito que gravassem aqui as externas. É uma questão de convite. Vamos convidar? "Carga Pesada" veio para Resende a convite da Volks... No episódio, apareceram um VW TL e um Citroën antigos. Seria uma deixa?



quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O embarque rumo ao MTV - Europe Music Award - Munich 2007 - Rio de Janeiro - São Paulo - Munich

Isabela Saboia foi premiada com uma viagem para Munique, local da entrega do MTV - EMA - Europe Music Awards. A viagem totalmente paga pela MTV e Azzaro, se deve à frase "Munique é um Azzaro, ops, é um arraso" redigida em resposta à pergunta, "Porque você merece ir a Munique?". Como correspondente do Site Oficial de Resende, Isabela nos enviará imagens e notícias do evento europeu da MTV.

sábado, 27 de outubro de 2007

PSA Peugeot Citroën - Porto Real - Segredo - Teste de novos modelos pelas ruas de Resende - RJ

Três novos veículos da PSA Peugeot de Porto Real, circulam disfarçados pelas ruas de Resende - RJ. Depois de várias tentativas de fotografar os regulares testes realizados na cidade, bem ao estilo da antiga Quatro Rodas, consegui estas poucas imagens. A música é "Que será que será" de Chico Buarque, cantada por Paul de Ricka, numa versão de George Moustaki. Tempo: 68 segundos.

sábado, 20 de outubro de 2007

Biruta nova enfeita Aeroporto de Resende


Parabéns para toda a equipe de manutenção do Aeroporto de Resende que pintou a torre e instalou uma nova biruta cor de laranja. Com o terminal de passageiros bem pintado como está, vale o convite para um bom passeio de domingo. O pessoal do aeromodelismo faz a festa e a criançada se diverte com seus pais!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Furacão em Resende?


Afinal, o Brasil é um país propício à ocorrência de furacões?
Do Diário OnLine
Ao contrário do que muitos pensam, no Brasil também há possibilidade de ocorrer furacões. Prova disso foi o fenômeno Catarina, que ocorreu em março de 2004 no Sul do país. De uma tempestade extratropical transformou-se em um ciclone tropical (tipo mais fraco de furacão, sua velocidade chega a 100Km/h – categoria 1 na escala Saffir-Simpson). Os ventos fortes e as chuvas causaram destruição nas regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com o IGA – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – da USP, o fenômeno ocorreu devido ao fluxo de umidade oceânica, ou seja, o vento favoreceu o acúmulo de umidade e a formação das nuvens. Segundo dados da Estação Meteorológica do EPAGRI em Siderópolis (região atingida pelo Catarina), o vento máximo registrado foi de 146,8km/h.
O meteorologista Alexandre Nascimento, explica que no sul do Brasil é comum que se formem ciclones extratropicais já que se trata de uma região fria, comparada ao clima do país. Porém, afirma que esses fenômenos geralmente posicionam-se nos oceanos e a população dificilmente sente o impacto. Além disso, segundo o especialista, o país não tem condições de calor e umidade o que dificulta o surgimento de furacões de altas categorias. “Nosso verão não é extremamente quente e o inverno não é tão frio e isso faz com que o país saia do hall das regiões propícias às grandes catástrofes”, ressalta.
Esse foi o primeiro registro de furacão ocorrido no país.

Entenda a diferença entre os fenômenos

Furação: sistema de baixa pressão que se forma sobre as águas do oceano Pacífico. Ocorre em regiões propícias onde há umidade e calor, principalmente se as águas são muito quentes (superior a 27 °C) causando fortes ventos e tempestades. Os ventos variam entre 115 e 243 Km/h.

Tufão: o mesmo que furacão, porém há mudança de nomenclatura dependendo da região onde ocorre. É chamado de tufão se o fenômeno ocorre no oceano Atlântico.

Ciclone: turbilhão em que o ar se movimenta em círculos (em forma de espiral) para dentro de uma área de baixa pressão. A circulação do vento segue em direção horária no Hemisfério Sul e anti-horária no Hemisfério Norte.

Ciclone tropical: aquecimento do sistema de baixa pressão atmosférica, que se desenvolve nas águas tropicais devido a alta temperatura e a umidade.
Ciclone extratropical: apresenta temperatura baixa em seu interior e ventos girando no mesmo sentido desde a superfície até altos níveis. Também é um sistema de baixa pressão atmosférica, geralmente ocorre em regiões de média e altas latitudes.
Reportagem: Rita Donato

Life's Good When...You Survive IT

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Aeroclube de Resende - Vista aérea da cidade


Imagens do Cel Marco Antonio sobrevoando a cidade de Resende em 16 de setembro de 2007, na aeronave Aero Boero 155 do Aeroclube de Resende. Centro comercial, bairros residenciais, condomínios, indústrias, área rural, rio Paraíba, Nova Dutra, obras do futuro acesso oeste e área da Votorantim, onde será implantada sua nova siderúrgica.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Fla - Flu em noite argentina - Visita ao camarote da revista Placar no Maracanã


Fla-Flu com gol do argentino Maxi Biancucchi em seu primeiro jogo vestindo o manto sagrado. Imagens do camarote da revista Placar no Maracanã. Flamenguista doente é sorteada e ganha o DVD do Maradona. Estava escrito. Era noite de tango no Maracanã. O argentino entra como estreante e sai de campo como herói da torcida. No áudio, "Do Not Worry" de Bobby Mc Ferin.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Aeroclube de Resende - Parabéns por seus 66 anos!!!

Neste domingo, 26 de agosto, o Aeroclube de Resende completa 66 anos de sua fundação. A foto acima é uma das preciosidades que pude encontrar no acervo fotográfico do clube que, atualmente, oferece sua aeronave Aero Boero 155 para vôos de treinamento para novos pilotos.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Carta aberta ao Senador Renan Calheiros

TEXTO DE TEREZA COLLOR
Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra - Rio de Janeiro
.

Carta aberta ao Senador Renan Calheiros

"Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!
Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.

Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.

Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser
parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.
Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento
de vencedor.
Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto, todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei."

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: "A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!"

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio dasilusões de moço!
Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista
Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha - e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis
intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje hospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?
Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?
No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira.
Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan.

Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..


E SÒ.

Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!
Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel,
comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA
DE R$ 5.000.000.

Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhoes, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de
laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?.

Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena?
Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento
desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!

Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara.
Os alagoanos agradecem.

Thereza Collor

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Promoção Cultural - Mais energia para o Pan 2007 - Bioenergia - Petrobras

Este vídeo participa da Promoção da Petrobras, "Mais energia para o Pan 2007". As imagens dos ícones impressos nos ingressos do Pan Rio 2007, apresentam 41 modalidades esportivas. Como no impresso não se pode ver nada disso claramente devido as suas ínfimas dimensões, os ícones foram copiados para projeção no tamanho da tela. Como resultado, o efeito da tinta gráfica sobre o papel de segurança se assemelha aos desenhos em pastel seco sobre papel com textura. A apresentação termina com animação da logo oficial do evento que cresce e ganha elementos até a abertura da marca Petrobras.

sábado, 14 de julho de 2007

Roberto Carlos e Miriam Rios no Canecão


Que bom saber que estava no 1º Rock'n Rio! Também estive lá! Fiz muitas fotos! Consegui uma credencial de palco! Meu amigo Luiz Oscar Niemeyer havia feito os contatos internacionais e estava comandando o palco. Minha credencial era da equipe de som e a tenho guardada até hoje. Aliás, naquela época, fotografava para a Odeon. A Blitz acabou por conta da burrice somada à malandragem de alguns integrantes. O nome foi dado pelo Lobão, o primeiro baterista e que saiu logo que viu o verdadeiro caráter da camarilha. Um belo dia, os integrantes da banda receberam um fax dizendo que daquele dia em diante o conjunto era do Evandro. O papo foi para a famosa justiça brasileira e a juíza escalada foi com a cara do cantor e lhe deu ganho de causa. As músicas que fizeram sucesso tinham a marca de Ricardo Barreto que atualmente nem pode usar o nome da banda. Isso tudo mostra bem como funciona a malandragem brasileira. Hoje, a banda é apenas um cover do que foi nos anos 80 e ainda se apresenta para o público que como os atuais músicos tentam reviver um tempo que não volta mais. Tive milhares de fotos e vídeos. Indignado, joguei muita coisa fora mas ainda tenho fotografias inéditas que guardo como recordação. Acho que não vale a pena divulgar o que não mais existe, o que não é mais verdade mas que ainda assim aparecem como sobreviventes do passado. No dia que esta banda parar, se é que vai parar, mostro todo o meu acervo. Nice Pinheiro e você me fizeram voltar no tempo. Recordar é viver!!!

A foto foi feita durante uma apresentação da Blitz no Canecão, quando sentei na mesa do Rei!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

2 em 1 - Noites Resendenses - Güela Seca e Riba's Bar - Aniversário e Futebol

Reage, Brasil! PEDRO SIMON

Reage, Brasil! PEDRO SIMON

Não creio que as mudanças venham de dentro para fora. Daí a conclamação. Que o povo brasileiro ocupe as ruas e exija mudanças de atitude

EU TIVE o cuidado, nesses dias, de reler os meus pronunciamentos, nos últimos 15 anos, sobre corrupção e desvios de recursos públicos. Fiquei, primeiramente, impressionado com a quantidade. Mas o que mais me impressionou nessa minha volta a um passado não tão recente é a atualidade de todos os meus discursos. Eu poderia escolher, aleatoriamente, qualquer um deles e repeti-lo, hoje. Mudaria o nome da operação da Polícia Federal ou o da CPI. O dos atores envolvidos, nem sempre.
Imagine a implantação, como eu defendi, já em 1995, da chamada CPI dos Corruptores. Na verdade, ela se confundia com uma CPI das Empreiteiras, tão reclamada agora. A comissão morreu no nascedouro, pela falta de vontade dos partidos e dos líderes partidários de investigar os desvios que, já então, povoavam a imprensa. Se ela se concretizasse, não haveria hoje, quem sabe, necessidade da Operação Navalha, nem da Xeque-Mate, nem das outras operações e CPIs anteriores, como a dos Sanguessugas, a das Ambulâncias, a do Mensalão, a dos Correios, a Furacão, a Gafanhoto, a Matusalém, a Anaconda e tantas outras, com suas respectivas e criativas nomenclaturas.

Não sei quantas operações ainda virão. Nem como se chamarão. Nem quantas CPIs ainda se instalarão. Nem como se comportarão. Espero que não se esgote a criatividade da PF. Nem as minhas esperanças.

Não tenho nenhuma expectativa de que as mudanças que a população tanto reclama, em termos de valores e referências, venha a ser concretizada de dentro para fora. As últimas pesquisas de opinião pública dão conta de que essa mesma população também não acredita mais nas suas instituições públicas. É que nunca, em nenhum momento da nossa história política, os três Poderes da República estiveram tão contaminados pela corrupção. Há um poder paralelo, que se entranha no Congresso, no Executivo e no Judiciário, que faz com que as instituições públicas percam a legitimidade diante da sociedade civil.
É por isso que, apesar das nossas melhores intenções, não há que esperar, a partir do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, pelo menos no curto prazo, as mudanças políticas, obviamente no espaço democrático, que a sociedade tanto reclama.
Ocorre que a realidade brasileira, hoje, tamanha a barbárie, não pode esperar mudanças além do curto prazo. E, aí, há que ter uma imensa mobilização de fora para dentro.
É preciso que o povo seja, de fato, senhor da história. Sujeito, e não objeto. É preciso que a sociedade brasileira volte a exercitar a força das ruas.
Um movimento, que poderia orientar-se sob o lema "Reage, Brasil". Ora, um país com tantas e tamanhas riquezas como o nosso não pode permanecer mergulhado na barbárie.
Não pode conviver com a corrupção, com a miséria e a pobreza, com a violência, com o analfabetismo e com tão precárias condições de vida.
Por isso, a conclamação. Que a população brasileira ocupe, de novo, de maneira pacífica e democrática, as ruas e exija mudanças de atitude dos gestores da coisa pública, em todos os níveis. Que reclame por uma reforma política que legitime, verdadeiramente, as suas instituições democráticas.
Que imponha o término da corrupção. Que obrigue o fim da impunidade, principalmente para quem se locupleta com o sagrado dinheiro público. Que reconstrua um Estado em novas bases, verdadeiramente voltado para a democracia, a soberania e a cidadania. E que as leis busquem, de fato, o interesse coletivo, e não a sanha perversa de alguns. E que todos sejam iguais perante a lei, como determina a nossa Constituição Federal.

Ainda está presente na nossa memória o movimento das Diretas-Já, que marcou um dos momentos mais sublimes da nossa história e deu suporte para a abertura política e o resgate das liberdades democráticas.
Quem não se lembra dos jovens caras-pintadas, movimento que também ocupou as ruas de todo o país na luta contra a corrupção? Quem não se lembra de tantos outros momentos em que a sociedade ditou, verdadeiramente, os melhores rumos para a construção da história do país?
É hora de a sociedade organizada reagir. A partir dos movimentos das igrejas, das escolas, das famílias, dos sindicatos, das organizações de classe. Reagir, em todos os sentidos da palavra e da ação: de demonstrar reação, de protestar, de se opor, de lutar, de resistir. De agir, de novo.
A decência vai aonde o povo está.

PEDRO SIMON , 77, advogado, é senador da República pelo PMDB-RS. Foi líder do governo no Senado Federal (governo Itamar Franco), governador do Rio Grande do Sul (1987-91) e ministro da Agricultura (governo Sarney).

Resposta ao missivista

Ontem à noite, minha enteada reparou ter recebido um pedido seu para ser adicionado a sua página do Orkut. Será que foi por estar na faixa etária que mais se interessa em atender? De quem afirma que o casarão da praça Oliveira Botelho foi derrubado pelas torrenciais chuvas que arrasaram Petrópolis e Friburgo, posso esperar de um tudo, menos que a conheça ou que tenha algo muito importante para lhe dizer. Quais seriam os motivos que o levam a pedir para participar do site de minha enteada? Agora, aproveito a oportunidade para convidá-lo a visitar meu site www.saboia.net onde apresento 45 vídeos produzidos de fevereiro atá hoje. Como o assunto é cultura, quero deixar bem claro que para mim, a cultura oficial não é a representação da cultura popular e que tendo oportunidade de escolher, vou ao Canecão mas não vou a um show na FUNARTE. Os espetáculos oficiais são muito chatos. Desculpe mas não posso mentir para mim mesmo. Macaco velho não põe a mão em cumbuca. Como não estou na faixa etária alvo do presidente da FCCMM, será muito difícil me encontrar numa manifestação cultural oficial deste ou de quaisquer municípios. Não existe almoço de graça. Palavras como excludente e pedidos por cartas de quem seria contra o seu projeto, não me pegam mais. Só quero mesmo saber em que minha enteada o interessou a ponto de lhe pedir que fosse adicionado em sua página do Orkut. Neste caso, a chuva, tenho certeza que não foi.